Vou falar de
teatro. Porque amo tanto fazer teatro, e o que o teatro representa em minha
vida.
Adolescente eu descobri o teatro no segundo grau. Na disciplina de
Educação Artística. Muito tímida, o teatro me ajudou a melhorar minha oratória
e comunicação em sala de aula. Descobri potenciais que até então não sabia
possuir como criatividade, habilidade em lidar com o público, sensibilidade,
iniciativa, persistência e curiosidade. O teatro passou então a ser um
mecanismo de autoconhecimento em minha vida. Graças ao teatro comecei a aguçar
o meu senso crítico, aprendi a exercitar diariamente o espirito de equipe, de
cooperação. Praticando o teatro aprendi de modo criativo o sentido da
disciplina, concentração, esforço, organização, entrega, força e determinação.
Vivenciado o teatro passei a ter visão própria e diferenciada sobre todos os
aspectos da vida. O teatro me deu autoconfiança, segurança. Graças ao teatro
aprendi a me posicionar.
Fazer teatro
para mim continua sendo um trabalho apaixonante e enriquecedor porque muito da
minha formação hoje, como pessoa devo a esta arte de grande potencial politico,
desmistificadora dos mecanismos opressores da sociedade. O teatro deveria ser uma disciplina
obrigatória em todas as escolas. Por causa da capacidade mágica e sublime que
ele tem de mostrar outras formas de pensar e ver o mundo. O teatro contribui para o desenvolvimento do
espirito crítico e para uma postura mais aberta do ser humano possibilitando a
ele se reinventar e se adaptar as novas situações e desafios que a vida
oferece.
O teatro nos permite ver e compreender a realidade. É a arte dos excessos, mas principalmente da sensibilidade. E como toda manifestação artística muda condutas e comportamentos, cria valores.
O teatro nos permite ver e compreender a realidade. É a arte dos excessos, mas principalmente da sensibilidade. E como toda manifestação artística muda condutas e comportamentos, cria valores.
Para entender o
potencial revolucionário do teatro, ler, estudar e refletir as obras de
Oduvaldo Vianna Filho, Flávio Rangel, José Renato, Federico Garcia Lorca, Fernando Peixoto, Gianni
Ratto, Peter Brook e Berthold Brecht. Leituras obrigatórias e essenciais para
quem ama teatro. Para quem quer aprender a fazer teatro.
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